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Condição

  • Claudia Jordão
  • 7 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

Numa folha qualquer o menino desenhou um sol prateado e noutra folha qualquer escrevi o meu destino.

Eita vida danada, que se deixarmos leva a gente para os caminhos escolhidos por ela. Mas o que minha vida não contava era que eu tinha guardado minha folha qualquer num canto da cabeça, que nem eu e nem ninguém conseguiu tirá-la de lá.

- Ah menina teimosa, vai trabalhar com Economia!

- Não posso, não sei economizar emoções.

- Vai administrar uma empresa!

- Não posso, só sei administrar sensações.

- Ah então vai sofrer, ser pobre e viver de arte!

- Isso eu posso, porque meu destino de ser artista não foi escolha, foi condição para dar conta de todas as vidas, que eu preciso e quero viver!


 
 
 

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